domingo, 21 de setembro de 2008

Cartaz Oficial do Festival e o Historial da Tuna Universitária do Porto.
O nosso sítio na Internet é o http://www.orfeao.up.pt/pagina_principal.php.

TUP
Datam do século XIX as primeiras notícias da Tuna Académica do Porto. Em 1891 a Tuna Académica do Porto, sob a direcção de Raul Laroze Rocha, apresenta-se em Salamanca e Madrid. Mais tarde, no Carnaval de 1897, realiza nova digressão a Espanha, apresentando-se em Santiago de Compostela, sob a regência de Carlos Quilez. Em 1899, participa nas comemorações do primeiro centenário do nascimento de Almeida Garrett, sob direcção de Henrique Carneiro. Passado um ano, em Janeiro de 1900, a Tuna instala-se na rua dos fogueteiros e da regência encarregam-se, sucessivamente, os maestros Sousa Morais e Costa Carregal. Apresenta-se em Março, perante a Academia do Porto, e efectua vários recitais em Lisboa. Em 1902 visita a Galiza, onde mais tarde tornará, em 1909, já sob a direcção de Prazeres Rodrigues. Faziam parte do reportório, entre outros, a "Serenata de Gounod", A Gioconda e Entreacto da "Carmen". Em 1913 a regência passa para Marcos António da Silva. Entretanto é criado a 6 de Março de 1912 o "Orpheon Académico do Porto".
Na década de 20 assume a regência Modesto Osório. A Tuna e o Orfeão aglutinam-se sob o nome: "Tuna e Orfeão Académico do Porto". Desloca-se à Galiza por diversas vezes, Valladolid, Saragoça, Tarragona, Barcelona, Salamanca e Madrid, onde é recebida por El-Rei de Espanha em 14 de Maio de 1922. Datam desta época as composições de Modesto Osório: "Adeus Corunha", "Porto-Madrid", "A Tua Serenata" e "Alma Portuguesa". Em 1928, sob a direcção de Manuel João Alves, desloca-se à Madeira e aos Açores.
Em 1937, reorganizada pela acção de Tiago Ferreira e Paulo Pombo, toma a designação de Tuna Universitária do Porto, passando a admitir apenas alunos da Universidade do Porto. Sob a orientação do maestro Afonso Valentim e direcção artística de Mário de Oliveira Delgado, actua numa Récita de Gala no Teatro Rivoli. Participa em espectáculos em vários pontos do país e o reportório, para além do "Hino Académico do Porto", é de cariz essencialmente clássico: "Serenata de bandolins" de Desormes, "Marcha Turca das ruínas de Atenas" de Beethoven e "Serenata" de Shubert, etc... Aureliano da Fonseca e Paulo Pombo, Orfeonistas, Tunos e membros da famosa Orquestra Universitária de Tangos compõem "Amores de Estudante" e "Nosso Encontro". É nesta data que o Orfeão toma a sua designação actual, "Orfeão Universitário do Porto", e integra naipes femininos, uma inovação.
Em 1961 sob a direcção de Belarmino Soares, adopta o nome de "Tuna do Orfeão Universitário do Porto". Em 22 de Março de 1962 no Sarau Comemorativo do 50º Aniversário do OUP a Tuna reune várias gerações no palco do Coliseu do Porto. Participa nos variados espectáculos do OUP e nas suas Digressões. Edita, em 1962, um EP com os temas: "Amores de Estudante", "Clavelitos" e "Suite Académica". Alguns anos depois, sob a regência de Nelson Durão grava um segundo EP, desta vez incluindo "O Nosso Encontro", "Adeus Coruña" e "Miscelânea".
Em meados de 80 os orfeonistas que interpretavam os "Amores de Estudante" no fim dos saraus do OUP, retomam, sob a inspiração de Tozé Vasconcelos e José Frias, que viria a ser Magister, a Tuna Universitária do Porto. Em 1987 desloca-se a Burgos, Espanha, tendo conquistado o prémio de Tuna Mais Original. Coincidindo com as comemorações dos 75 anos do OUP realiza-se o I FITU, Festival Internacional de Tunas Universitárias "Cidade do Porto". Estes dois acontecimentos são responsáveis pela explosão de tunas e festivais que entretanto se verificou no nosso país. É composto o tema "Ondas do Douro" e a Tuna, sob a direcção de Eduardo Coelho, grava em 1991 o LP "Acordes, Harpejos... Tainadas e Beijos".
A Tuna Universitária do Porto participa em vários festivais, vencendo vários deles, incluindo o "Festival Costa Cálida-Murcia" em Espanha, pátria das tunas universitárias, facto inédito até então. O OUP edita em CD o "VII FITU" e a Tuna participa, com outros grupos da instituição, na gravação do CD "Academia". Em sete de Dezembro de 1995 realiza o espetáculo "Tuna Universitária do Porto - Um Percurso", Espetáculo oferecido ao Corpo Docente da Universidade do Porto e de homenagem ao Prof. Doutor Aureliano da Fonseca; espetáculo esse que é editado em CD em 1996. Este espectáculo é o último de Sérgio Ferreira no cargo de Magister Tunae, sucedendo-lhe Marco André Oliveira.
Na Queima das Fitas de 1997 assume o cargo de Magister Tunae Eduardo Martins e é editado o album "FITU, uma década, uma história. Em 1998 visita Brasil e Argentina assumindo João Rocha, no XII FITU, o cargo de Magister. A Tuna Universitária do Porto continua o seu percurso de procura de novas sonoridades e inovação, e apresenta-se no XIII FITU acompanhada por uma orquestra convidada. Ao "tradicional" som da Tuna, junta-se o piano, a harpa, o violoncelo, a viola de arco, os timbales, o oboé, o clarinete, o fagote...
Em Dezembro de 1999, Pedro Rodrigues assume o cargo de Magister Tunae e nesse mês a Tuna é convidada a elaborar o arranjo e interpretar o tema " Timor ", na "Festa de Natal e Solidariedade com Timor" da Rádio Renascença, no Coliseu do Porto. Interpreta também este tema posteriormente no Doutoramento Honoris Causa conferido pela Universidade do Porto a Xanana Gusmão, Ramos Horta e D. Ximenes Belo. Em Maio de 2000 concretiza nova parceria com orquestra, apresentando-se no concerto de abertura da Queima das Fitas, resultando da gravação ao vivo desse espectáculo mais um CD da Tuna, editado no XV FITU. Em Novembro de 2000, visita as ilhas Canárias actuando na Gran Canária, acrescentando mais uma cidade espanhola às várias onde actua nos últimos anos: Burgos, Santiago de Compostela, Granada, Jaen, Almeria e Murcia, onde arrecada inúmeras distinções. Em Portugal participa em diversos Festivais com igual sucesso. Na Queima das Fitas de 2003 Tiago Morim assume o cargo de Magister Tunae. Em 2004 a Tuna visita novamente a Argentina sendo o seu actual Magister João Sousa.
A Tuna Universitária do Porto é Irmanada com a Tuna de Medicina de Murcia e, desde 2001, com a Tuna de Veteranos da Corunha. Ao longo da sua secular existência actuou nos quatro cantos de Portugal (Continente, Açores, Madeira e Macau) e em latitudes tão diversas como: Europa (Espanha, França, Suiça, Holanda, Grécia, Inglaterra, Alemanha, Polónia...)África (Angola, Moçambique, Cabo Verde e África do Sul)Ásia (China, Índia, Malásia, Tailândia e Hong-Kong) eAmérica (Brasil, Venezuela, EUA e Argentina).
Élio Fonseca
P'la Comissão de Organização do XXII FITU "Cidade do Porto"

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