Querido Adriano,
escrevo-te com emoção
o canto da terra
o canto irmão
já faz tantos anos
que nos conhecemos
e, encontro-te, novamente
meu anjo, meu irmão
a voz
essa doce, fagueira,
militante erguida na noite
e no dia
viajante, de sois e luas
gigante por dentro
que bom, este encontro
depois daquela tarde e noite
no auditório na foz
do Porto
onde cantaste e eu disse versos…
bebeste reguengos
eu, aveleda fresco
depois a maçã
e, os teus olhos brilhantes
brilharam nos meus
incandescentes
para sempre…
meu irmão, como eras jovem
na trova “para um amor ausente”…
depois fugiste, menino alarmado
ao ver tanta gente, guerreira nos passos
da mocidade…
levavas, ainda, mutilada, a noite
no voo rasante da madrugada
em “vésperas” fiquei
até hoje,
e até quando?
Póvoa de Varzim, 30 de Nov. 2008- aurelino costa.
(encontro com o Adriano, na Foz/Porto/1982).
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