segunda-feira, 27 de abril de 2009

Este Blog vai continuar no seguinte endereço:

http://guitarracoimbra.blogspot.com/

Saudações Académicas!

sábado, 25 de abril de 2009

Recordar a revolta de Coimbra

http://tv1.rtp.pt/noticias/?headline=20&visual=9&tm=8&t=Recordar-a-revolta-de-Coimbra.rtp&article=214196

Passam 40 anos sobre o dia em que Coimbra foi invadida por forças policiais. Na origem deste incidente esteve o gesto de Alberto Martins que, durante uma visita de Américo Tomás à Universidade, interrompeu o Presidente da República para pedir a palavra em nome dos estudantes.
Reportagem de Manuel Alegre Portugal, RTP Coimbra
Enviado por Manuel Ribeiro.

Homenagem ao Eng.º Carlos Couceiro

Em Coimbra, no Penedo da Saudade, pelas 12h00 do dia 26 de Abril, domingo, será descerrada uma placa homenageando o Eng.º Carlos Couceiro, figura mítica da Associação Académica de Coimbra, cujas cores defendeu no Futebol, no Hokey em Patins e na Natação ( Saltos para a Piscina ), para além de exímio Guitarrista, distinguindo-se como intérprete de invulgar qualidade, discípulo de Flávio Rodrigues e João Bagão, mentor e entusiasta do "Porta Férrea - Grupo de Fados de Antigos Estudantes de Coimbra.
Poeta de inspiração apurada, tem já publicados vários livros de poesia, para além de se distinguir pelas suas extraordinárias qualidades humanas, sempre disponível e solidário para colaborar em acções de carácter social.
No Penedo da Saudade, para além do descerramento da placa, terá lugar o elogio do homenageado e um apontamento musical a cargo de elementos do Grupo Porta Férrea ( Eng.º Teotónio Xavier (guitarra), Dr. António Toscano (viola) e Eng.º Soares da Costa (viola) que acompanharão o Dr. Mário Veiga e o consagrado Dr. Augusto Camacho.
Segue-se, pelas 13h30, um Almoço de Confraternização, no Restaurante "Arte Y Gala" onde, depois de alguns oradores, se farão ouvir Fados e Guitarradas de Coimbra por elementos do Grupo Porta Férrea e outros que estiverem presentes que acompanharão os Cantores de Coimbra que tomarem parte na Confraternização.
De Lisboa vem um autocarro com Amigos e Admiradores do Eng.º Carlos Couceiro. Convidam-se todos os Antigos Estudantes de Coimbra, sócios e Amigos da Associação Académica e, em especial, os cultores da Música de Coimbra para comparecerem e tomarem parte nos referidos eventos.
"Tito" Costa Santos

Livro/Disco de Paulo Soares

Amigo ou amiga: havia-te enviado um e-mal dando conta do CD+LIVRO que produzo no momento.
A pedido da Universidade, o prazo de participação foi alargado até dia 30 de Abril.
Se quiseres juntar-te aos outros que já compraram e colocaram o seu nome, vai a este site.
Se a tua empresa quiser associar-se ao prestígio da Universidade de Coimbra nesta obra, também pode.
Se puderes ajudar na divulgação, reencaminha esta mensagem. Quem sabe... um amante da guitarra ainda não sabia deste projecto e lhe deste a oportunidade.

DIVULGA E PARTICIPA.

Seja qual for a tua decisão,
AGRADEÇO-A,
na certeza de que
A NOSSA AMIZADE MANTER-SE-Á INOXIDÁVEL.
DIVULGA E PARTICIPA
Grande Abraço!

Paulo Soares (Jójó)
(Caricatura executada por José Maria Oliveira)
*
LIVRO/CD “A GUITARRA E A UNIVERSIDADE DE COIMBRA”
CONVITE à participação na obra
Compre em http://www.paulosoares.com/ até dia 30 de Abril e inscreva o seu nome na obra
Num livro multilingue e em Edição de Autor, o guitarrista Paulo Soares relata o fenómeno da extraordinária Guitarra Portuguesa e da sua ligação cultural à Universidade de Coimbra como um dos motores da preservação e desenvolvimento do instrumento. Obra importante, pois este fenómeno não se encontra, ainda, documentado. Um qualquer estrangeiro ou, mesmo, muitos portugueses dificilmente saberão de onde vem esta música, como foi motivada, ou que deu origem ao mais marcante guitarrista português, de nome Carlos Paredes.
O Livro inclui um CD audio, com várias e diversificadas composições, abarcando vários compositores, ao longo de cerca de 100 anos de arte, interpretadas em Guitarra de Coimbra por Paulo Soares.
As gravações foram feitas no Palácio de São Marcos, com microfones de tecnologia moderna que aproveitam a acústica dos espaços e transmitem o máximo realismo com uma qualidade sonora impressionante.
O autor e intérprete possui um vasto curriculum como músico e como pedagogo da nossa Guitarra, sendo um artista que nos habituámos a respeitar como um dos melhores guitarristas da actualidade. Após vinte e cinco anos de estudo intenso e dedicado, brinda-nos aqui com soberbas interpretações, plenas de capacidade técnica e abundantes de expressões e emoções tão características da nossa música e, mormente, deste património musical.
Participe! A Guitarra de Coimbra é de todos nós!
Casa Municipal da Cultura
Rua Pedro Monteiro
3000-329 Coimbra
Telef. 239 702 630
Fax 239 702 496

sexta-feira, 24 de abril de 2009



Festa, ontem, em Aguada de Cima, com Guitarra e Canto de Coimbra, por este grupo acima representado. Nas guitarras: António Ralha, Octávio Sérgio, José Rodrigues Rocha e José Santos Paulo. Nas violas: Carlos Teixeira, Manuel Dourado e Jorge Rino. A cantar: Castro Madeira, Manuel Borras, José Santos Paulo e Carlos Teixeira. Na primeira foto, António Ralha, acompanhado por José Santos Paulo, toca "A procissão", uma peça de sua autoria.

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quinta-feira, 23 de abril de 2009

CORDIS

Bruno Costa e Paulo Figueiredo lançaram, há bem pouco tempo, um exemplar CD com guitarra e piano.
Agora criaram um site na internet, CORDIS, que vale a pena visitar.
Este site encontra-se já referenciado nos links deste Blog.

BALADA DA DESPEDIDA DO V ANO MÉDICO DE 1937-1938


Música: António da Silva Fonseca
Letra: António da Silva Fonseca
Origem: Coimbra
Função inicial: teatro amador, récita de despedida
Data: 1938
*
Adeus Coimbra, terra d'amor,
Que tens formado tanto Doutor;
Adeus Mondego das serenatas,
Adeus tricanas, lindas, gaiatas.
*
Das nossas pastas as fitas caiem
Como saudades que não se esvaem;
Ao agitá-las, como comoção,
Soluça a alma e o coração.
*
(Coro)
Este punhado de gente moça já de partida,
Vendo bem perto a hora triste da despedida,
Vem oferecer-te como penhor de gratidão,
As suas capas, as suas fitas, o coração.
*
Quando voltarmos, encanecidos,
Já alquebrados, mas sempre unidos;
Relembraremos com saudade,
A boa gente desta cidade.
*
E até lá pela vida fora,
Rainha Santa, Santa Senhora
Velai por nós, dai-nos alento
P'ra suportamos o sofrimento.
*
(Coro)
Este punhado de gente moça já de partida
Vendo, etc., etc..
*
Informação complementar:
A Récita de Despedida do Curso do V Ano Médico de 1937-1938 foi levada à cena em grande gala, na noite de 29 de Março de 1938, no Teatro Avenida, em Coimbra, e repetida na noite de 4 de Abril seguinte.A peça da récita, escrita em prosa e verso, com três actos e treze quadros, intitulava-se «Gotas Amargas... Quantum Satis...» foi apresentada como obra colectiva do curso. A encenação esteve a cargo de Mário Temido com a colaboração do Dr. Octaviano Carmo e Sá.
Nesta gala de despedida cantou-se também o Fado de Despedida do V Ano Médico de 1937-1938 (A minha capa velhinha), de João Gonçalves Jardim.
A Balada de Despedida foi cantada em palco pelo quintanista Bernardino António de Carvalho Pargana. A partitura foi impressa na Lito Coimbra. Não consta que este tema tenha conseguido popularizar-se, pois nunca a ouvimos na tradição oral das décadas ulteriores e não se lhe conhece gravação fonográfica alguma.
A peça foi composta em compasso 6/8 e desenvolve na tonalidade de lá menor, passando por dó maior.
A letra é bastante banal, num registo masculino que repete os clichés chorosos herdados do decadentismo fini-oitocentista e receitua um rol de lugares comuns apropriados pela propaganda do Estado Novo ao longo da décadade 1930. O 4º verso da 1ª quadra vai mesmo ao ponto de reproduzir a linguagem versática em voga nas canções de maior sucesso no teatro de revista de Lisboa.
Vale sempre a pena redescobrir estas composições epocalmente marcadas e tombadas no esquecimento. Através delas é bem possível reconstituir pedaços do imaginário de uma socidade tradicional académica marcada pela agonia da Aufklärung burguesa e pelos mitemas estadonovistas, num género artístico onde o discurso sapiental raramente oculta o muito que está por fazer.
*
Transcrição: Octávio Sérgio (2009)
Texto: José Anjos de Carvalho e António M. Nunes
Espólio de José Mesquita

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Serenata de Coimbra

Venho comunicar que vai haver uma Serenata de Coimbra promovida pela Secção de Fado da Associação Académica de Coimbra, no dia 24 de Abril, às 21h30, nos claustros do edifício da Assembleia da República (Largo de S. Bento).

Divulga e comparece!

A Presidente da Direcção

Maria de Fátima Lencastre
ASSOCIAÇÃO DOS ANTIGOS ESTUDANTES DE COIMBRA EM LISBOA
Instituição de Utilidade Pública
R. António Pereira Carrilho, 5 – 1º \ 1000-046 LISBOA
Telef: 218494197
Fax: 218494208
e-mail: aaecl@sapo.pt
Enviado por Rui Lopes

terça-feira, 21 de abril de 2009

Orquestra Clássica do Centro no Pavilhão Centro de Portugal, em Coimbra.

Pavilhão Centro de Portugal. Avenida da Lousã. Coimbra
telm 916994160
telf : 239824050
occ@orquestraclassicadocentro.org
www.orquestraclassicadocentro.org
www.pavilhaocentroportugal.net

domingo, 19 de abril de 2009


Livro de Jorge Cravo "A Canção de Coimbra em tempo de Lutas Estudantis (1961 - 1969)". Editora MinervaCoimbra.
Neste volume com mais de 150 páginas, Jorge Cravo dá-nos uma panorâmica do que foram o Canto e a Guitarra de Coimbra no contexto histórico da política vigente.
Livro elaborado com clareza e precisão, bem à altura do nome que o escreveu.

Espectáculo "Canção de Coimbra: Bandeira de Liberdade" ontem, no Convento de S. Francisco. Junto da mesa com o livro de Jorge Cravo "A Canção de Coimbra em Tempo de Lutas Estudantis (1961-1969)", da editora Minerva, o grupo Raízes de Coimbra, o último a actuar, com José Ourives, Octávio Sérgio, Humberto Matias, Heitor Lopes e Mário Rovira. Não está na foto Alcides Freixo.
Gentileza do fotógrafo profissional Carlos Jorge Monteiro (Cajó).

sábado, 18 de abril de 2009

Comemorações do 17 de Abril de 1969. Espectáculo no Convento de S. Francisco, logo à noite. Diário as Beiras de hoje, com texto de Bruno Costa e foto de Gonçalo Manuel Martins.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Crise Académica de 1969

Hoje à noite, às 21:54h, passa um documentário na RTP MEMÓRIA sobre a CriseAcadémica de 69.

Segue o link:

http://ww1.rtp.pt/programas-rtp/index.php?p_id=25058&e_id=&c_id=9&dif=tv

João Martins

VERDES ANOS - Grupo de Fado de Coimbra
http://www.verdesanos.com/
Agenciamento NACIONAL: 918 651 595 (Luis Barroso)
Agenciamento INTERNACIONAL: +351 93 890 68 98 (João Martins)

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Desde há muitos anos tenho contactos com tocadores de viola tradicional dos Açores (viola da terra) e sei que alguns costumavam tocar temas de Coimbra.
Ao pesquisar "Viola da Terra" no google, entrei por http://www.youtube.com/watch?v=N4LLhUJvqBg, onde um jovem tocador da Ilha de São Miguel (Ricardo Carvalho) interpreta alguns temas de Coimbra na afinação local (Ré, Si, Sol, Ré, Lá), com o tradicional ponteio do polegar da mão direita.
Detectei pelo menos Canção dos Verdes Anos, Balada de Coimbra e Valsa.

Em geral as violas regionais de São Miguel têm boa sonoridade e de algum modo ajudam a perceber o que seria a paisagem sonora coimbrã no tempo da viola toeira.

António M. Nunes

André Madeira na viola dedilhada e Jeffery Davis em vibrafone - marimba, em concerto na Academia de Música de Cantanhede.

Espectáculo: Canções de Coimbra: Bandeira de Liberdade

Local: Convento de São Francisco
Data e Hora: 18 de Abril às 21 h e 30 min
Organização: Turismo de Coimbra e Direcção-Geral da AAC
Produção: GRIF Portugal

Grupos Participantes

Orfeon Académico de Coimbra
Estudantina Universitária de Coimbra
Capas Negras
Grupo de Fados da Secção de Fado da AAC
Raízes de Coimbra

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Recital de piano

Raúl Peixoto da Costa, dá um recital de piano, no próximo Domingo, dia 19, pelas 11 h. da manhã, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Matosinhos.

Entrada livre.

Programa:

- Bach: Prelúdio e Fuga em Do# Maior

- Chopin: Nocturno op. 9, nº3

- Liszt: Rapsódia Húngara, nº3

- António Victorino d'Almeida: Dança Satânica

- Schumann: Tocata op. 7

- Prokofiev: Sugestão diabólica.


FADO DE DESPEDIDA
DO V ANO MÉDICO DE 1937-38
*
Música: João Gonçalves Jardim (1906-1960)
Letra: João Gonçalves Jardim (1906-1960)
Origem: Coimbra
Função inicial: récita de despedida de curso médico
Data: 1938

A minha capa velhinha
Quere o destino levar
Não me roubes, meu amor…
(Ai2) Também o teu negro olhar.

Foram-se as fitas doiradas
Com elas minha ilusão
Findou minha mocidade
(Ai2) S’tá a chorar meu coração.

Canta-se o 1º dístico, repete-se, canta-se o 2º e bisa-se.
Esquema do acompanhamento:
1º dístico: lá, Sol, lá /// lá, 2ªlá, lá;
2º dístico: 2ªDó, Dó /// 2ªré, ré; (1ª vez)
2º dístico: 2ªDó, Dó, 2ªlá /// lá, Sol, lá; (2ª vez)
Final /// lá, 2ªlá, lá

Informação complementar:
Composição musical estrófica em compasso quaternário (4/4) e tom de lá menor, conforme o estilo dolente praticado na década de 1930 pelos compositores amadores activos em Coimbra.
A letra supra é a original deste fado de despedida, o qual foi cantado pelo próprio autor, João Gonçalves Jardim, quintanista de Medicina. Consta da respectiva edição musical impressa no ano de 1938 na Lito Coimbra. O Ai neumático só se canta na repetição do dístico, daí o ser seguido do índice de cardinal 2.
A peça da récita intitulava-se Gotas amargas... quantum satis e foi levada à cena no Teatro Avenida, em Coimbra, na noite de 29 de Março de 1938, em récita de gala, e repetida na semana seguinte, na noite de 4 de Abril. Um dos interessantes quadros desta peça passava-se na República dos Kágados, na pitoresca sala de jantar, com um irrigador (clister) de distribuição de vinho suspenso do tecto.
JGJ nasceu na cidade do Funchal em 28 de Junho de 1906. Terminados os estudos liceais rumou a Coimbra, tendo frequentado a Faculdade de Medicina entre 1933 e 1941. Ao longo destes anos foi membro da Tuna Académica e seu presidente, sócio do Fado Académico de Coimbra (FAC) e pertenceu ao núcleo fundante do Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra. Regressou em 1941 ao Funchal e dedicou-se à medicina. Viria falecer na sua cidade natal em 17 de Junho de 1960 após penosa doença. JGJ, mais conhecido como autor de “Estrelinha do Norte”, não chegou a gravar o tema que agora se recolhe e transcreve.
Nas gravações realizados no século XX a letra está alterada, por força da erosão oral. No mínimo, o verbo querer deixa de ser conjugado no presente do indicativo para passar para o pretérito perfeito (Quis em vez de Quer). Por vezes, é substituído “negro olhar” por “meigo olhar” e nem sempre o incipit escapa às vezes.
João Barros Madeira gravou este tema em Coimbra no dia 29 de Março de 1960, acompanhado nas guitarras por Jorge Tuna/Jorge Godinho e nas violas de cordas de nylon por José Tito/Durval Moreirinhas. A matriz viria a ser editada no EP Balada. Barros Madeira, Rapsódia EPF 5.092, ano de 1960. Eis a letra interpretada por Barros Madeira:

Eu vou partir, vou-me embora,
Tão triste por te deixar
Mas as saudades que eu levo
(Ai2) Hão-de fazer-me voltar.

Foram-se as fitas doiradas
Com elas minha ilusão
Foi-se a minha mocidade
(Ai2) Está a chorar meu coração.

Augusto Camacho gravou este fado em 1992, sob o título «Fado do 5º Ano Médico 38», acompanhado à guitarra por António Brojo e António Portugal e, à viola, por Aurélio Reis e Luis Filipe, gravação disponível em compact disc:
-CD Coimbra na voz do doutor Camacho Vieira, Discossete ADD-CD 864000, editado em 1992 (também em cassete). Augusto Camacho é dos cantores que mais metamorfoses introduz na letra original. Além da citada alteração da forma verbal, modifica três outros versos para: “Com ela teu meigo olhar”; “Queimam-se as fitas doiradas” e “Vai-se embora a mocidade”. Outros cantores há que invertem a ordem das quadras e até o incipit é adulterado para “Minha capa tão velhinha”, etc.

Transcrição: Octávio Sérgio (2009)
Texto: José Anjos de Carvalho e António M. Nunes
Espólio de José Mesquita

terça-feira, 14 de abril de 2009

Memória de Adriano

Paulo Sucena
*
Durante vinte anos varámos dias e noites, por vezes a fio, em intermináveis diálogos. Das coisas da vida, das coisas belas, surpreendentes, apaixonadas da política, das cantigas e da poesia, das guitarras, conversávamos.
Esse tão fraterno tempo, pejado de tantas lembranças, vivido em desvairadas terras e lugares, partilhado de forma inigualável com tantos amigos, balanceado entre angústias e esperanças, tristezas e alegrias, esse tempo ora tenso ou distenso, ora amargo ora eufórico, tempo em que por vezes só a amizade e a convicção com que apostávamos nas coisas que elegêramos na vida permitiam vencer desilusões e quebrar o arame de solidão que em horas estremes sempre se nos enrola aos pulsos – esse tempo foi tão vivido e está tão vívido dentro de mim que não é possível narrá-lo. Aliás nem ele todo e o tudo dele cabiam no espaço que me é destinado. Que a memória deixe então escorrer de si, ardentes, duas ou três lembranças para que fiquem como lágrimas geladas a assinalar o percurso de uma amizade como pouquíssimas outras construí na vida. Talvez registar aqueles inextricáveis momentos em que, depois de termos discutido coisas sérias, horas e horas, sentíamos o estranho impulso de uma incontornável deriva, com trajectos e com consequências sempre imprevisíveis, mudávamos subitamente de agulha e dávamos por nós na Boca do Inferno tentando perscrutar na fúria das ondas a mensagem do Aleister Crawley que o Pessoa mansamente esperou, a esbagaçar o tempo, a régua e compasso, nos polidos mármores do Martinho da Arcada.
*
Porém, à medida que o tempo passa, o que de mais fundo me vai ficando na memória é o dia em que o Adriano entrou na minha casa de uma forma diferente de todas as outras. E quantas elas foram!... Trazia debaixo do braço, quase escondidas, as Cantigas Portuguesas – o seu último disco – gravadas há muito tempo e por isso ansiosamente esperadas pelo cantor. Naquela altura, era em minha casa e na do Vitorino que o Adriano procurava resguardo para a sua ternura em carne viva e para o seu afecto magoado, e era aí também que descansava um pouco dessa terrível solidão que, de já tão surda e tão cega cavalga sempre até se despenhar na morte. Por aí ele se consumia e não por quaisquer abalos ideológico-partidários. Só quem não conheceu o Adriano pode pensar isso. O atleta, o ás nas travessias do Douro, o campeão de Voleibol, foi passível de um debilitamento precoce, mas o Adriano, o homem de fundas e firmes opções político-ideológicas jamais definhou e jamais confundiu o seu ideal político com atitudes singulares deste ou daquele. Mas voltemos àquela tarde. Colocado o disco no aparelho, gastámos o dia a ouvi-lo uma vez e outra vez e outra e outra. Só mais tarde vim a perceber como é demorada – tão demorada! a despedida de nós dentro de nós. Ou talvez ainda não o fosse mas apenas uma lenta e difícil passagem para um novo edifício musical suscitado por um poema de Eugénio de Andrade, de que muitas vezes me cantou o primeiro verso (“nesses dias era sílaba a sílaba que chegavas”) vestido com uma melodia lindíssima. O certo é que o poema ficou por cantar, como permaneceram por musicar os poemas do Manuel Louzã Henriques – uma das referências de Adriano de que de vez em quando me falava, lembrando uma noite em que até às cinco da manhã demos volta aos cadernos e às bobinas onde o Manuel Louzã Henriques tem sepultada a escrita da sua juventude. O mesmo aconteceu com um disco para crianças, pensado e discutido exaustivamente por nós entre Outubro de 1973 e Abril de 74. Igual sorte teve um disco de fados de Coimbra que Adriano criteriosamente seleccionara e se ficou pela apresentação de alguns deles, acompanhados à guitarra por José Lopes de Almeida, um dos marcos na geografia afectiva de Adriano.
Não posso deixar de referir que a aproximação da morte (e Adriano deu-me mostras, como à frente contarei, de que sabia que ela vinha cedo) fez recrudescer em Adriano o gosto de cantar fados de Coimbra num aceno romântico ao nunca mais. Guardarei sempre na memória o fado da Sé Velha (“aquela moça da aldeia…”), cantado num automóvel, em viagem de regresso a Lisboa, com o Fausto no banco de trás, a inventar, de forma brilhante, os acordes que permitiram ao Adriano uma fantástica, inigualável interpretação (e estou a lembrar-me do Zeca, do Paradela de Oliveira e do Menano…). A essa lembrança junto outra – a daquela espécie de despedida, em Águeda, no último ano de vida, em casa do meu pai, em que ele cantou uma série interminável de fados (incompletos; às vezes só os dois primeiros versos) que levavam o meu pai a dizer, maravilhado, só cá falta a guitarra do meu amigo Paulo de Sá. Noite pungente. Mas restava ainda e sempre aquele timbre, apolíneo e magoado. Único.
É o momento de pôr ponto final nas memórias pessoais fixando dois tempos. Aquele em que, olhos ardidos de sono, subia as escadas do mirante da velha casa do antigo lugar do Encontro, entrava no quarto das maçãs, abria a janela virada ao vento Leste e, enquanto a luz da manhã recortava ao longe a suave ondulação da serra do Caramulo, gritava, em tom seco e rápido, como se tivesse medo que o rio e os campos de Águeda nos fugissem precocemente: - Acorda, Adriano! E, finalmente, aquele outro tempo, em Lisboa, em que a premonição da morte começa a surgir no discurso de Adriano. Esse discurso era construído com palavras e versos de um grande poeta, Herberto Hélder, nosso companheiro de tertúlia, hoje quase desaparecida com as mortes de António José Forte, Virgílio Martinho, Luís Pignatelli, Manuel da Fonseca e Adriano Correia de Oliveira.
Passo a contar como isso começou. Numa tarde, num dos últimos e longos fraternos convívios com ele e o Fausto, em que falávamos do livro “A colher na boca” de Herberto Hélder e mais particularmente da Elegia Múltipla, Adriano fixou-se no VII poema que leu e releu. E logo naquela tarde (depois fá-lo-ia muitas mais vezes) disse, alterando os “vinte e nove anos” do poema para que a idade ficasse mais próxima da sua, aqueles que passaram a ser para ele versos obsessivos:

Tenho trinta e nove anos ou uma onda
inesperada que me estremece a carne ou a garganta
cheia de sangue actual – amanhã morrerei

Às vezes, ao caminharmos pelas ruas de Lisboa ou sentado num táxi, lá dizia para si mesmo:

Tenho trinta e nove anos
Amanhã morrerei

Não sei se Adriano sabia, na altura, da gravidade das varizes esofágicas de que sofria. De qualquer modo as palavras de Herberto são duplamente premonitórias se pensarmos no amanhã dos quarenta anos (1942-82) e no modo como o trovador morreu (rompimento de varizes esofágicas). Mais tarde, já perto da morte, eram outras as palavras, todavia ainda de Herberto Hélder, que frequente e inesperadamente disparava:

Se a veia
violenta que me atravessa a cabeça se torna
ígnea
ou apenas: se a veia violenta

Adriano nunca cantou poemas de Herberto Hélder mas foi um poeta, em cuja obra releva, pela sua ímpar qualidade, a temática do amor e da morte, quem lhe forneceu, de forma perturbante, a matéria verbal para ele cantar antecipadamente a sua própria morte. Apenas a idade foi corrigida e a veia violenta ligeiramente deslocada. E por aqui fica esta incursão nos terrenos da memória. Há que passar, ainda que muito brevemente, a um pouco da história do cidadão, do compositor e cantor Adriano Correia de Oliveira.
Adriano Correia de Oliveira foi uma figura marcante na praça da canção onde começou a erguer a sua voz "pura e alta e lírica", em 1960, sobre o impulso das guitarras e violas do fado de Coimbra. Na verdade os seus primeiros discos (1960, 61 e 62) são de fados de Coimbra em que Adriano, com 18, 19, 20 anos, se revela imediatamente como um belíssimo intérprete, apesar das más condições de gravação, dotado de magnífica voz, com um timbre inigualável. Esses discos prosseguem a melhor tradição da música Coimbrã - a que de Artur Paredes e Edmundo de Bettencourt chega até António Portugal, Fernando Machado Soares, José Afonso e Luiz Goes.
Porém, Adriano Correia de Oliveira será, depois de 1963 e do estrondoso êxito do seu disco "Trova do Vento que Passa", um artista em permanente movimento, agitando as águas mais fundas do subterrâneo rio da História, lutando, solidário, ao lado dos que abriam os caboucos da Revolução dos Cravos.
A sua voz e o seu canto davam sinal das mudanças necessárias e a prosseguir no meio estudantil que fora sacudido pelas grandes lutas de 1962, mas logo se alargam à denúncia do fascismo e à incitação à resistência:

Há sempre alguém que resiste
Há sempre alguém que diz não

Eis o trovador à solta por terras do seu país, levando a todo o lado onde a sua mensagem podia florir um propósito de luta e um halo de esperança:

Venho dizer-vos que não tenho medo
A verdade é mais forte que as algemas

E o seu canto prossegue dinamitando os desvãos do fascismo, sacudindo as consciências, semeando a coragem. Canto de liberdade, de resistência, de instigação à luta, de esperança, mas também canto de denúncia determinada firme. São os esconsos mais negros da ditadura que a voz do trovador vai esventrar e trazer para a luz do dia, através de poemas de Manuel Alegre, Manuel da Fonseca, Urbano Tavares Rodrigues, Luís Andrade (Pignatelli) e tantos outros, a guerra colonial, as cadeias políticas, a PIDE, o exílio, as opressões político-económico-sociais.
A audição atenta da obra de Adriano Correia de Oliveira permite-nos detectar nela quatro grandes campos de significação: o do amor, vivificado pelo companheirismo e pela solidariedade, o da denúncia e resistência ao fascismo, o da luta pela liberdade e o de um olhar ideológico sobre a sociedade portuguesa.
A leitura conjugada destas quatro grandes unidades semânticas desvelará o significado mais profundo e complexo do legado artístico que nos deixou, transmitido por uma voz cuja altura e cujo timbre produziu por si só a mais "pura e alta e lírica" imagem da tristeza de um povo e também da sua coragem no combate por um futuro melhor. Por isso ele permanece entre nós tantos anos depois da sua morte.
E ficará para sempre.
*
Paulo Sucena enviou-me o e-mail seguinte, sobre o que atrás foi escrito:
Primeira parte de um texto publicado num volume colectivo por uma rapaziada de Coimbra numa editora chamada Amararte (acho que é assim, não estou bem certo do nome). A 2ª parte é o texto que vem no livro que acompanha a obra completa que o Niza organizou, aliás sem o meu total acordo, porque achava, e acho, que se deveria respeitar um critério cronológico relativamente à edição dos discos.



CONVITE
O Presidente do Conselho Distrital de Coimbra da Ordem dos Advogados e o Presidente da Advocal – Associação Artística do Distrito Judicial de Coimbra têm a honra de convidar V. Ex.a e Família a assistir ao espectáculo de apresentação do CD do FADVOCAL “VelhasMargens NovasPontes”, que terá lugar no Conselho Distrital de Coimbra da Ordem dos Advogados no próximo dia 29 de Abril de 2009, pelas 21,30h.
*
PROGRAMA
Advocal – Coro Misto de Advogados – Maestro Augusto Mesquita
Aníbal Moreira e Carlos Jesus – alguns temas do CD “Outros Mundos”
Fadvocal – alguns temas do CD “VelhasMargens NovasPontes”

O Presidente do Conselho Distrital de Coimbra da Ordem dos Advogados
Dr. Daniel Andrade

O Presidente da Advocal – Associação Artística do Distrito Judicial de Coimbra
Dr. José Castanheira

Nos próximos dias 18 e 19 de Abril - Pavilhão Centro de Portugal em Coimbra

Concerto Caixa Geral de Depósitos
( 133º Aniversário da CGD )

Dia 18 Abril - 21h30
Concerto
Orquestra Clássica do Centro
Rui Namora - Guitarra Clássica
Maestro - Virgílio Caseiro

Dia 19 Abril -16h
Aeminium - Fados de Coimbra

Programa

Dia 18/4/09

1ª Parte

Abertura “As Hébridas” Mendelsshon

Concerto para Guitarra e Orquestra H. Villa-Lobos
Allegro preciso/Andantino e Andante/
Allegreto non troppo

2ª Parte

Sinfonia nº 101 em Ré M, O Relógio J. Haydn
Adágio,Presto/Andante/Menuetto/Finale,Vivace

ORQUESTRA CLÁSSICA DO CENTRO

Em 2001, surge a Orquestra de Câmara de Coimbra, constituída em moldes profissionais e composta por 25 elementos, um projecto considerado de superior interesse cultural pelo Ministério da Cultura e, como tal, abrangido deste então pela lei do Mecenato Cultural (actual Estatuto dos Benefícios Fiscais).
Tendo por maestro titular desde a fundação o Dr. Virgílio Caseiro, em 2002 a Orquestra passou a ser composta por 32 elementos, sendo esta ainda a sua actual constituição.
Em 2003, nos cerca de 60 concertos que tiveram lugar em toda a Região Centro, destacaram-se os realizados em monumentos arquitectónicos da cidade e concelho de Coimbra, no âmbito do projecto “Mo(nu)mentos Musicais”. Neste ano esteve também presente na entrega do Prémio Pessoa ao Sr. Prof. Doutor Gomes Canotilho.
Em 2004, viu aprovada por unanimidade, em Assembleia-Geral, a alteração do nome para Orquestra Clássica do Centro (OCC). Desde esse ano tem beneficiado do apoio financeiro do Instituto das Artes, no âmbito dos apoios concedidos a projectos profissionais. 2004 foi ainda o ano em que constituiu uma Comissão de Honra, da qual fazem parte, entre outras individualidades e instituições, os Governadores Civis de Coimbra, Viseu, Leiria e Guarda, os Presidentes de 40 Câmaras da Região Centro, Sua Ex.ª Rev.ª o Bispo de Coimbra, o Magnífico Reitor da Universidade de Coimbra, Ordens Profissionais dos Engenheiros, dos Médicos, dos Enfermeiros, dos Farmacêuticos e Advogados.
A OCC conta com o superlativo apoio da Câmara Municipal de Coimbra. São mecenas da OCC - a Caixa Geral de Depósitos, os jornais “Diário de Coimbra” e “Diário As Beiras”, Paul Stricker Ldª entre outros.
A OCC continua personalizadamente entregue ao cumprimento dos objectivos a que desde a fundação se propôs, com especial empenho na divulgação e promoção da realidade etnomusicológica da Região Centro e da canção coimbrã.
Conseguindo uma vasta e intensa implementação regional, com o alargamento da sua actividade a câmaras e distritos mais diferenciados, passou a contar ainda com o contributo solístico e de regência de notáveis figuras do nosso panorama musical, encontrando também meios para, pontualmente, produzir concertos com uma densidade tímbrica e orquestral sinfónica. Organizou concursos e conferências para além das actividades exclusivamente concertísticas, destacando-se o trabalho realizado em colaboração com o Governo Civil do Distrito de Coimbra em projectos conjuntos como “A Floresta também é Património” ou “Encontros com o Património”
. Ainda no âmbito das comemorações do ano para a igualdade de oportunidades realizou vários concertos e conferências contando nomeadamente com a presença do Dr. Fernando Nobre e do Dr. Mário Soares, entre outros.
Por considerarmos como ex-libris de Coimbra e de Portugal, no seu todo, a Canção de Coimbra e a Guitarra Portuguesa, no historial da OCC incluímos iniciativas já realizadas sobre esta temática, nomeadamente o Festival “Cantar Coimbra” (tratamento orquestral da canção de Coimbra), realizado em 2004, no Convento de S. Francisco (do qual resultou a edição de um CD gravado ao vivo) e a realização, em 2007, dos Primeiros Encontros Internacionais da Guitarra Portuguesa, com o Alto Patrocínio da Caixa Geral de Depósitos.
Ao longo destes anos, tem vindo a desenvolver uma actividade continuada em toda a Região Centro, essencialmente pautada pela realização de concertos com um reportório que se identifica com a sua constituição clássica interpretando compositores barrocos, clássicos, românticos e contemporâneos, nas vertentes concertísticas e Sinfónicas. Apresenta também programas com excertos para voz e coro das obras mais célebres da literatura musical europeia e ainda um extenso reportório da Canção de Coimbra e da Região Centro com o apoio solístico da Guitarra Portuguesa. Também tem vindo a multiplicar a actuação de formações de câmara (trios, quartetos e quintetos, entre outras), disponibilizando assim um leque variado de programas/reportórios, em função das circunstâncias/local dos eventos.
A OCC assinala, em 2008, sete anos de actividade ininterrupta.
A OCC tem a sede, bem como a gestão cultural, no Pavilhão Centro de Portugal em Coimbra

Rui Namora – Guitarra Clássica
Em 2003, depois de se licenciar em Ciências Farmacêuticas na Universidade de Coimbra, é admitido na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo do Porto, na classe do Prof. José Pina, onde se diplomou recentemente. Participou em masterclasses com José Pina, Alberto Ponce, Margarita Escarpa, Joaquín Clerch, Alex Garrobé, Gunnar Spjuth e Julius Kurauskas. Tem vindo a apresentar-se em público a solo e integrando grupos de música de câmara, nomeadamente no Festival de Guitarra de Coimbra (Capital Nacional da Cultura 2003), Museu Nacional de Machado de Castro e Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra, Rivoli Teatro Municipal (Porto), Museu da Música e Palácio Galveias (Lisboa), Museu Alberto Sampaio (Guimarães), entre outros. Com Paulo Soares (guitarra portuguesa), apresentou-se com a Orquestra do Norte, e nos Festivais Internacionais de Guitarra de Santo Tirso e de Sernancelhe.

Virgílio Alberto Valente Caseiro
Nasceu em Ansião em 1948. Possui o Curso Superior de Música (Canto) do Conservatório Nacional de Lisboa. Fez também Composição. Licenciou-se em Ciências Musicais na Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Nova de Lisboa. Mestre em Ciências Musicais, pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Tem especialidades em Musicoterapia, Direcção Coral e de Orquestra.
Entre outros, trabalhou com Mário Sousa Santos, Fernanda Rovira, Mário Mateus, Fernanda Correia, Joana Silva, Rudolph Knohl, João de Freitas Branco, Constança Capdeville, Rui Vieira Nery, Gerard Doderer, Christopher Bochmann, Fernando Eldoro, Pierre von Hawe, Jos Wuytack e Murray Schaefer. Foi Musicoterapeuta cerca de 10 anos, trabalhando com crianças portadoras de deficiência mental. Foi Maestro e co-fundador do Coro dos Professores de Coimbra, no ano de 1981/82. Foi Maestro e co-fundador da Orquestra de Câmara de Coimbra no início da década de 90. Foi Maestro do Orfeon Académico de Coimbra no período de 1982 a 1996. Enquanto ao serviço deste organismo foi homenageado com a indicação do seu nome para a Sala de Direcção do organismo, nas instalações académicas da A.A.C. Foi Maestro e fundador (1997) do grupo coral masculino Schola Cantorum. Foi Maestro da Orquestra da Associação de Antigos Tunos da Universidade de Coimbra, de 1999 a 2003. Foi Maestro do Coro do Hospital Pediátrico de Coimbra.
Como musicólogo, tem realizado inúmeras conferências e comunicações, em Portugal e no Estrangeiro, em colaboração com instituições como a Universidade de Coimbra, Universidade de Trás-os-Montes, Universidade de Aveiro, Direcção Geral da Extensão Educativa, Ministério da Educação, Sindicato dos Professores, Associação Portuguesa de Educação Musical, Instituto Politécnico de Coimbra, Leiria, Castelo Branco, Bragança, etc. Como maestro e cantor tem realizado concertos em Portugal e ainda em países como Espanha, França, Alemanha, Inglaterra, Holanda, Bélgica, Luxemburgo, Dinamarca, Itália, Vaticano, Angola, Canadá, Brasil, Estados Unidos da América, Russia e Japão. Tem publicados os livros O Orfeon Académico de Coimbra - das Origens à Actualidade; Novas Canções para Coimbra; Manual de Radiomodelismo Automóvel.
É colaborador da imprensa e da rádio regionais. Tem vindo a desenvolver, há cerca de 30 anos, uma experiência metodológica de Expressão Musical na ACM de Coimbra, com crianças em idade pré-escolar e escolar, com o objectivo de investigar o contributo da música no desenvolvimento e amadurecimento cognitivo, afectivo e motor. Desenvolveu, até à sua aposentação, actividade docente na Escola Superior de Educação de Coimbra, onde foi Professor Adjunto de nomeação definitiva, tendo à sua responsabilidade a cadeira de Direcção Coral e Instrumental, bem como a de Prática Pedagógica. Desenvolve actividade musical no grupo medieval e renascentista Ars Musicae, desde 1985, onde é director artístico, cantor e instrumentista, bem como no grupo de canção coimbrã Cancioneiro de Coimbra onde é cantor desde 1982. Desde 2001 que assumiu a direcção e responsabilidade artística da Orquestra de Câmara de Coimbra (a partir de 2005 Orquestra Clássica do Centro) sendo também seu Maestro Titular. Em 2002 assumiu a responsabilidade artística da Orquestra Para-Sinfónica Juvenil de Coimbra. Em 2003 foi agraciado com o diploma de Mérito Profissional, entregue pelo Rotary Club de Coimbra. Iniciou em 2003 as funções de Maestro do Coro dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra. Em 2004 foi agraciado com a Medalha de Mérito, atribuída pela Câmara Municipal de Ansião. Ainda em 2004 foi agraciado com a Medalha de Mérito Cultural, atribuída pela Câmara Municipal de Coimbra, como reconhecimento do trabalho de intervenção musical e cultural que ao longo dos anos tem vindo a assumir na cidade, bem como na zona centro do país. Já em 2006 foi agraciado com o prémio Prestígio Salgado Zenha, pela Direcção-Geral da Associação Académica de Coimbra, como reconhecimento do trabalho desenvolvido em prol da Academia e da Cidade. Ainda em 2006 e por decisão de Sua Ex.ª o Presidente da República, recebeu a Comenda da Ordem de Santiago de Espada.

O Grupo de Fado ÆMINIUM nasceu em Outubro de 1998, tendo como formação inicial: João Nuno Farinha na voz, João Pedro Monteiro na Guitarra de Coimbra e Pedro Cunha na Guitarra Clássica. O seu primeiro espectáculo em público realizou-se em Abril de 1999 durante a Récita de Quintanistas da Queima das Fitas de Coimbra.
Em Agosto do mesmo ano Luís Toscano integra a formação do grupo como cantor e em Junho de 2000 Rui Rodrigues substitui Pedro Cunha na Guitarra Clássica, motivado pelo ingresso deste último no programa Erasmus.Em Dezembro de 1999 o Grupo de Fados de Coimbra ÆMINIUM integrou a Secção de Fado da A.A.C., entidade esta que lhes permitiu a realização de novos projectos, bem como proporcionou novos desafios.
Para além da formação musical obtida nas escolas da Secção de Fado da Associação Académica de Coimbra, todos os elementos frequentaram o Conservatório de Música de Coimbra, o que lhes confere um elevado nível artístico que faz dos ÆMINIUM uma referência no panorama dos Grupos de Fado de Coimbra da actualidade.No decorrer do ano de 2006, José Daniel Vilhena passa a integrar a formação do grupo como cantor.
No curriculum do ÆMINIUM figuram centenas de espectáculos de Norte a Sul do país, dos quais se destacam participações nos mais importantes eventos académicos, festivais internacionais de música, programas televisivos, cinema e gravações discográficas de música de Coimbra. Realizou também digressões por países como Espanha, França, Suiça, Polónia e nomeadamente Tailândia e Vietname, tendo sido o primeiro grupo de Fado de Coimbra a actuar neste último.
No passado dia 12 de Dezembro de 2008, os ÆMINIUM lançaram o seu primeiro trabalho discográfico, com um espectáculo no Pavilhão Centro de Portugal, no Parque Verde do Mondego, em Coimbra.
Estará presente no dia 19 a seguinte formação:

José Vilhena - Voz Masculina João Pedro Monteiro - Guitarra Portuguesa Pedro Cunha - Guitarra Clássica

Interpretará alguns temas da canção de Coimbra de seu reportório:

Alegre se fez Triste ( Manuel Alegre / José Niza)
Coimbra Menina e Moça (Fausto Frazão / Edmundo Bettencourt)
Traz Outro Amigo Também (José Afonso)
Saudades de Coimbra (F. Fonseca / Edmundo Bettencourt)
Fado Hilário (Augusto Hilário) entre outros e

vários temas instrumentais da autoria de Artur Paredes e Carlos Paredes

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Entrada gratuita

Informações:
916994160
http://www.pavilhaocentroportugal.net/

quarta-feira, 8 de abril de 2009

No programa mensal da Casa da Música, do Porto, encontra-se este anúncio de uma homenagem a Luiz Goes e Augusto Camacho.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

HOMENAGEM A CARLOS COUCEIRO

No dia 26 de Abril (domingo), pelas 12 horas, no Penedo da Saudade, em Coimbra, um grupo de amigos vai homenagear o guitarrista Carlos Couceiro que faz parte do Grupo Porta Férrea, composto por antigos estudantes de Coimbra, residentes em Lisboa. Estão todos convidados.
Eduardo Aroso
Caricatura de Carlos Couceiro por José Maria Oliveira

domingo, 5 de abril de 2009

No terceiro aniversário da morte de António Portugal

Uma Guitarra chamada Portugal *

Paulo Sucena

Quando ouvi pela primeira vez António Portugal tocar guitarra, por meados dos anos 50, percebi que aquela era uma guitarra em visita ao amor, expandindo-se, forte e lírica, sob a arcada de um olhar suave e vibrante, tímido e ousado, onde para sempre ancoraram alguns dos seus acordes que Valsa para um tempo que passou intenta serenamente recuperar. Era uma guitarra de sombra impulsionada por cordas de sangue, era porventura a música ansiada pela jovem mulher do poema de Herberto Helder. Essa era então a guitarra de António Portugal tocando no alto da minha adolescência e muito para dentro.
Era uma guitarra que integrara sabiamente alguns dos registos do seu mestre Flávio Rodrigues, barbeiro na velha Alta, que lhe mostrara em peças como as Variações em Ré Menor, as possibilidades musicais de um instrumento aparentemente pobre mas que permitiu a Flávio Rodrigues dar-nos, no seu Ré Menor, uma pessoalíssima visão da inconsútil nostalgia que veste a cidade de Coimbra. Guitarra que continuara o seu caminho de pesquisa, de estudo e de afirmação pessoal com António Brojo e as violas de Aurélio Reis e Mário de Castro, nos campos da composição e dos acompanhamentos de fados interpretados por alguns dos nomes cimeiros da década de 50 - José Afonso, Fernando Rolim, Luiz Goes, Machado Soares, entre outros.
E com o tempo ela foi-se transformando numa guitarra múltipla. Ora tangida em desafio à potente voz de Fernando Machado Soares que, solitária, disparava para as cercanias geladas do Si agudo, numa tensão de morte, como se o canto devesse atingir o auge sobre o bico de um punhal antes de esmaecer, amargo e doce, em terra sigilata. Ora se nos revelava uma guitarra de paixão jogando um jogo tenso e quase perfeito com a voz de Luiz Goes - uma voz de sedução - cuja resultante são esses objectos imperecíveis da música coimbrã, registados no disco do Coimbra Quintet que integrava ainda Jorge Godinho como 2ª guitarra e as violas de Manuel Pepe e Levy Baptista. António Portugal era uma guitarra voadora, dedilhada entre o sal e o sol como se fora uma tempestade de neve ardendo sob(re) o canto de Luiz Goes, dono de uma voz como outra não houve em Coimbra assim tão musical, tão quente e expressiva, tão suavemente dúctil, com um registo médio admirável, voz assumida com uma de tal modo forte e íntima entrega aos seus ouvintes que, talvez por isso, lembre essa amada figura dos teatros líricos mundiais que se chamou Beniamino Gigli.
Depois foi uma guitarra viageira estremecendo o coração de alguma Europa com os ritmos do coração português, saudoso e aventureiro, terno e vibrante, austero e excessivo, uma guitarra tangida entre o eu e o tu, projectando um halo fraterno e solidário numa Europa que caminhava, um pouco cega, para uma "era do vazio".
Mas eis que de súbito tudo se movimenta e a guitarra de António Portugal entra velozmente pela poesia ou a poesia descobre a sua música ou ambas as coisas acontecem simultaneamente e a guitarra transfigura-se na busca e recriação dos sentidos da poesia de Manuel Alegre e da de outros estudantes de Coimbra como António F. Guedes e Luís Andrade. Torna-se uma guitarra apaixonada pela pátria portuguesa e pelo seu povo. É uma guitarra ora lírica ora elegíaca ora heróica, engendrando sua inovadora música e a fonte de onde brotariam as vozes singulares de Adriano e António Bernardino. É uma guitarra de resistência, de combate, e de esperança, num Portugal de terra e água, por vezes, de raiva e mágoa. Se no transcurso do tempo a poesia de Manuel Alegre foi um permanente motivo de inspiração para António Portugal por seu turno a guitarra deste é com certeza o referente de uma das mais constantes e complexas metáforas da poesia do autor de "Praça da Canção". Aliás a década de 60 delimita um tempo extremamente fecundo da Academia coimbrã não só no campo musical mas também nas áreas do Teatro e da literatura. Basta lembrar que Praça da Canção fora precedida, nas edições Vértice, por Cuidar dos Vivos de Fernando Assis Pacheco e por Corpo de Esperança de José Carlos de Vasconcelos e por colectâneas como Poesia Útil e Poemas Livres ou seja a produção intelectual e artística da Academia acompanhava a sua movimentação político-social contra a ditadura e a guerra colonial e em prol das liberdades democráticas.
A morte prematura de António Portugal impediu que a sua guitarra de lume e água pudesse organizar e harmonizar a sua memória recente ou seja, perdeu-se algo que seria mais uma vez surpreendente: ouvirmos António Portugal escrever um pouco da história deste tempo ou, se preferirem, a pintar uma renovada Aguarela Portuguesa.
Não o fez porque porventura já não lhe apetecia vencer esse desafio. Reflectindo sobre o sentido do mais profundo e autêntico das palavras que lhe ouvi, no último ano de vida, concluo que António Portugal estava mais virado para a produção de um límpido testamento do que para o acrescento do legado musical que nos deixou. Já era, sem o sabermos e sem ele muito reflexivamente o saber, uma guitarra em despedida. É pelo menos assim que a ouço em Variações inacabadas (seu último disco) ao lado de António Brojo (com quem se estreou no mundo discográfico) de cuja guitarra com cordas de puro e lírico linho se desprende, cintilante, como que uma sonoridade branca no meio de uma noite escura.
A guitarra de António Portugal emudeceu para sempre em 26 de Junho de 1994, tornando mais amarga a corda da nossa tristeza porque nesse dia se apagou o fogo dos seus bordões. Todavia creio que na hora em que me aprestar para partir gostaria de ouvir a guitarra de António Portugal a tocar em lá menor - essa tonalidade de apaixonada emoção repassada de uma fina melancolia - por dentro do mais inextricável, intenso e íntimo silêncio de uma vida.
* Texto sobre António Portugal, publicado pelo "JL" 3 anos após a sua morte.

Grupo de Fados da Secção de Fado da Associação Académica de Coimbra, na III Gala do Diário as Beiras, no suplemento "Olá Gente" de 3-4-09. Miguel Nascimento no canto; Manuel Coroa na guitarra e Francisco Requicha na viola.

O 17 de Abril de 1969 no Diário de Coimbra de ontem. Texto de Bruno Vicente e foto de Figueiredo.

Miguel Raposo e Philippe Raposo em Bruxelas, interpretando "Valsa de outros tempos" de Gonçalo e Artur Paredes.

sábado, 4 de abril de 2009

Miguel Raposo e Philippe Raposo, em Bruxelas, interpretando, numa versão livre, as "Variações em Lá menor" de Jorge Morais (Xabregas)

Miguel Raposo e Philippe Raposo, em Bruxelas, aos pés do monumento a D. Quixote de La Mancha e Sancho Pança, executando "Valsa do mês de Maio", de Eduardo Aroso.

Coro dos Antigos Orfeonistas em Bruxelas. Diário de Coimbra de hoje, com texto e fotos de Margarida Alvarinhas.





Coro dos Antigos Orfeonistas em Bruxelas. Noite inesquecível com os irmãos Raposo, Miguel (guitarra) e Philippe (viola), aos pés do monumento a D. Quixote e Sancho Pança. Tocaram desde Gonçalo Paredes a Carlos Paredes, passando pelo Xabregas, Eduardo Aroso (Valsa do mês de Maio) e duas peças minhas (Capricho em Lá e Estudo em Ré menor). Na primeira foto, está o pai dos artistas, Henrique Raposo.
São dois músicos de grande sensibilidade, com um toque suave mas virtuosístico, e com um bom timbre.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

MACA

CONVITE
Vimos por este meio convidá-lo para o lançamento do quinto número do MACA.
Sábado, dia 4 de Abril, pelas 17h, na Rua Fernandes Tomás, nº29.

Ricardo Pinto e Ana Rita Amaral
*
- MACA - Magazine de Arte de Coimbra e Afins

Coro dos Antigos Orfeonistas em Bruxelas, numa homenagem a Fausto Correia e Luís Queiró. Diário de Coimbra de hoje, com texto e foto de Margarida Alvarinhas.

Coro dos Antigos Orfeonistas em Bruxelas. Homenagens a Francisco Lucas Pires e a Fausto Correia, no Parlamento Europeu. Diário as Beiras de 2-4-09, com textos e fotos de Raquel Mesquita.

Paulo Soares

Faz hoje 42 anos que nasceu Paulo Soares (Jojó). Em cima, uma pequena biografia extraída do livro de José Niza, Fado de Coimbra II, da colecção "Um Século de Fado" da Ediclube, de 1999.
Na foto, também Manuel Gouveia Ferreira na viola.

domingo, 29 de março de 2009

Mais uma vez, no passado sábado, dia 28 de Março, o Theatro Circo de Braga foi pequeno para receber tantos aficionados do fado. Durante quase 4 horas, ninguém arredou pé para ver alguns dos melhores intérpretes da Canção Coimbrã.

A cidade de Braga mereceu um espectáculo desta qualidade. Os bracarenses aceitaram o convite e honraram os 80 artistas com o respeito e admiração pela Canção Coimbrã.

O espectáculo foi bastante diversificado nas várias vertentes deste estilo musical e superiormente apresentado por Sansão Coelho, jornalista e locutor de rádio da RDP... é uma autêntica "enciclopédia" da Canção Coimbrã.

O espectáculo teve início com o Juiz Conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça Custódio Montes e Dr. Gomes Alves, acompanhados pelos instrumentistas do Grupo de Fados e Serenatas da Uni. Minho. O Grupo de Fados da Associação dos Antigos Estudantes da Univ. Coimbra em Braga esteve também presente, interpretando alguns temas clássicos da Canção de Coimbra.

O Coro dos Antigos Orfeonistas da Uni. Coimbra não desiludiu e à semelhança do ano passado impressionou com o seu conjunto de vozes perfeitamente coordenadas. Aproveitou esta ocasião para atribuir o título de sócio honorário a Luiz Goes, pelo seu contributo ao Fado de Coimbra.

O Grupo Serenata de Coimbra veio mais uma vez de Lisboa, para abrilhantar a noite com alguns temas que marcaram a história da Canção Coimbrã.

O Prof. Doutor Jorge Tuna, acompanhado por Durval Moreirinhas "deu uma lição" de mestria à guitarra portuguesa, interpretando 3 temas da sua autoria.

O antigo presidente da Assembleia da República: António Almeida Santos, esteve também presente e interpretou dois temas, recordando seus tempos de estudante e compositor musical.

Os anfitriões do espectáculo, o Grupo de Fados e Serenatas da Univ. Minho, encerraram a noite, com uma actuação sóbria e de uma qualidade sólida. De ano para ano, este Grupo apresenta notórias evoluções, sendo o seu objectivo tornar-se uma referência nacional na Canção Coimbrã.

Uma palavra sincera de agradecimento a todos as entidades que apoiaram a organização do espectáculo e a toda a equipa técnica do Theatro Circo que com paciência e profissionalismo esteve à altura da qualidade do espectáculo.

Para o próximo ano, os organizadores esperam poder contar novamente com o apoio de todos e voltar a proporcionar uma noite mágica aos bracarenses.
Até breve.
Sugira o CAF a um amigo(a), enviando o seu enderço para aficionadosdofado@gmail.com
Clube Aficionados do Fado do Grupo de Fados e Serenatas da Universidade do Minho
Telemóvel: 960 001 282

Caleidoscópio – RDP Antena 2 – 2009

Autor e locutor: Sérgio Azevedo

Sábados às 9:00 – a partir de 4 de Abril (Sábado)

Variações Enigma (descubra alguns compositores mal amados, inclassificáveis, ambíguos, incompreendidos, malditos, marginais, desconhecidos, azarados ou proscritos)

Variação 1. “Um lobo disfarçado de cordeiro”
Variação 2. “Velhos são os trapos”
Variação 3. “Música, música, negócios à parte”
Variação 4. “Quem o feio ama bonito lhe parece”
Variação 5. “Morrem cedo aqueles que os Deuses amam”
Variação 6. “Uma carreira em forma de yo-yo”
Variação 7. “Um bota-de-elástico revolucionário”
Variação 8. “A 1ª agulha a apontar o Norte”
Variação 9. “A força do amor”
Variação 10. “The (not so) bad boy of music”
Variação 11. “O Prokofiev dos Pobres”
Variação 12. “Uma história de faca e alguidar”
Variação 13. “88 teclas e tão poucos dedos…”

Manuel António e as suas memórias no suplemento "Fim-de-semana" do Diário de Coimbra de sexta-feira passada, com texto de Tânia Amaral e foto de Figueiredo.

sábado, 28 de março de 2009

Carlos Couceiro

HOMENAGEM A CARLOS COUCEIRO

No dia 26 de Abril (domingo), pelas 12 horas, no Penedo da Saudade, em Coimbra, um grupo de amigos vai homenagear o guitarrista Carlos Couceiro que faz parte do Grupo Porta Férrea, composto por antigos estudantes de Coimbra, residentes em Lisboa. Estão todos convidados.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Manuel Branquinho completaria 80 anos na última quarta-feira, 25 de Março. Em cima, uma pequena biografia extraída do livro de José Niza, Fado de Coimbra II, da colecção "Um Século de Fado", da Ediclube, saído em 1999.
Na foto está a ser acompanhado à viola por Nuno Botelho.

Orquestra Clássica do Centro

http://www.pavilhaocentroportugal.net/

quinta-feira, 26 de março de 2009

Paradela de Oliveira a cantar folclore no filme "A Severa". Este vídeo foi-me referido por Jorge Serra.

Frias Gonçalves enviou-me o mail que se segue e nós agradecemos:

Já falei com a filha do Paradela. A moça (muito bonita) do rancho ao fim, é aquela que se veio a tornar a mulher dele.
Coisa linda. Ele vai ao lado a cantar com ela.

quarta-feira, 25 de março de 2009


:: LIVRO – LANÇAMENTO ::A saga do arco-íris

“A saga do arco-íris”, da autoria de Ricardo Kalash (pseudónimo de Henrique Ricardo Pereira Marques da Silva), é a uma obra de estreia, de reflexão e de muitas interrogações acerca da vida e da metáfora que se funda no arco-íris… É também um texto de homenagem ao cientista Mário Augusto da Silva.

No arco-íris não existe confronto entre cores. Estas, unidas nas suas diferenças, criam um espectáculo de rara beleza.
Não poderá o homem também comportar, sem conflito, dentro de si, a ciência e a religião? O interesse e a ética? Moral e tolerância?
Poderá o Homem cultivar a fraternidade para com o outro?
Ricardo Kalash acredita que sim.

O Grupo de Teatro da Liga dos Amigos do Museu Nacional de Machado de Castro (AMIC) tem vindo a desenvolver, desde o ano 2001, profícuo trabalho de divulgação do MNMC, originando, entre outras mais-valias, a conquista de públicos diversificados, por vezes pouco motivados a frequentar espaços museológicos.
Apesar do encerramento do Museu, para obras de requalificação, entre 2004 e 2008, o Grupo de Teatro da Liga não cruzou os braços. Primeiro na Escola Secundária Infanta D. Maria, que gentilmente cedeu as suas instalações, depois no Museu da Física da Universidade de Coimbra, local onde foi apresentada a peça agora publicada, o grupo manteve-se em actividade, sempre com o mesmo entusiasmo.
Esta peça é uma homenagem ao Prof. Doutor Mário Silva, ilustre cientista e fundador do Museu de Física da Universidade de Coimbra. Apresentada no Verão de 2008, por actores amadores dos 8 aos 40 anos, simboliza, nesta amplitude etária, uma das orientações do MNMC, que se pretende afirmar como lugar de encontro de gerações e de culturas.
Ricardo Kalash, também encenador, actor e responsável pela dinamização do grupo, vai por certo prosseguir a sua saga de mobilizar o público, sempre com projectos arrojados, com generosa fantasia, ela própria animada por todas as cores do arco-íris.

Ana Alcoforado
Directora do Museu Nacional de Machado de Castro

O AUTOR:
Ricardo Kalash tem 38 anos. Há vinte anos, iniciou-se nas lides teatrais, no Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra (TEUC). Nos dias que correm, é actor profissional. Nos últimos sete anos, tem trabalhado regularmente com grupos de teatro amador, nos quais encena e dá formação. Dirige, desde a sua fundação, o grupo de teatro da Liga dos Amigos do Museu Nacional Machado de Castro (AMIC). Com a edição deste texto, aventura-se numa das áreas teatrais que, até à data, lhe tinha escapado: a escrita.

Texto da "Brigada Académica dos Comandos de Minerva" aquando da criação da "Trova Nova" de Manuel Alegre e António Portugal, cantada por António Bernardino e José Mesquita.
Espólio de José Mesquita.
Comentários para quê?!

terça-feira, 24 de março de 2009



2ª edição da Serenata ao Fado.
Depois do sucesso da edição de 2008, estamos a menos de uma semana da 2ª edição.

Sinopse do espectáculo:

O Grupo de Fados e Serenatas da Universidade do Minho foi fundado em 2002 e desde esse momento sempre ambicionou trazer para a cidade de Braga um espectáculo inédito – uma noite de fados académicos.

Este sonho foi concretizado em 12 de Abril de 2008, através da realização da I Serenata ao Fado que decorreu no Theatro Circo. Os bilhetes foram esgotados uma semana antes do dia do espectáculo, o que demonstrou a excelente receptividade pela iniciativa por parte da população bracarense.

Dado o balanço extremamente positivo da realização do espectáculo em 2008 e dada as mensagens de motivação vindas dos mais variantes quadrantes da sociedade bracarense, decidimos realizar a segunda edição da Serenata ao Fado no dia 28 de Março de 2009 no Theatro Circo.

No Espectáculo “Serenata ao Fado” actuarão os seguintes grupos:

- Coro dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra,
- Grupo Serenata de Coimbra (Lisboa),
- Grupo de Fados da Associação dos Antigos Estudantes de Coimbra em Braga;
- Grupo de Fados e Serenatas da Universidade do Minho

E as seguintes individualidades: Luiz Goes, Camacho Vieira, Jorge Tuna, Durval Moreirinhas, Lacerda e Megre, Vitor Silva, Gomes Alves, Custódio Montes e Napoleão Amorim.

Organização: Grupo de Fados e Serenatas da Universidade do Minho

Preço dos bilhetes:

Normal: 12,00 €
Normal de menor visibilidade: 10,00 €
Estudante: 10,00 €

gruposfadosum@gmail.com
http://www.grupofadosum.com/
http://www.aficiocionadosdofado.blogspot.com/

Jorge Pinto
936316615


Sugira o Clube Aficionados do Fado a um amigo(a), enviando o seu endereço para aficionadosdofado@gmail.com
Grupo de Fados e Serenatas da Universidade do Minho
Telemóvel: 960 001 282